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Posts Tagged ‘Coruja; Matheus Venâncio; filosofia; Filosofia Antiga e Medieval; Filosofia Moderna; filosoficando;’

A) Faça um paralelo entre Heráclito e Parmênides, por meio de um esquema comparativo de suas principais idéias.
De acordo com Heráclito, todas as coisas estão constantemente em mudança, sem cessar. Tudo tem, ao mesmo tempo, o oposto em si, ou seja, tudo o que é, já não é – simultaneamente, ou já está deixando de ser para que o seu oposto venha a ser… São instantes em que se efetua a realidade – é o presente que existe. No instante em que rapidamente já não é, pois o outro instante o eliminou – outra realidade se efetivou, e assim por diante – são efetivações de realidade, são instantes que já não são – aquilo que é e já não é ao mesmo tempo, aquilo que está vindo a ser, e ao mesmo tempo, deixando de ser: “nunca entramos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos mais os mesmos, e o rio também já não é mais o mesmo. Portanto não há ser hirto. Para Heráclito, esta harmonia dinâmica pode ser representada pela metáfora do fogo. Para Heráclito o ser é múltiplo. Não apenas no sentido de que múltiplas coisas, mas de que o ser é constituído de oposições internas – daí a multiplicidade. O fluxo do movimento é mantido pela luta dos contrários e é da luta que nasce a harmonia.

B) Relacione os seguintes fragmentos, comentando a crítica que Parmênides fez a Heráclito:

Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas. (…) Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio.
(Heráclito)

“Necessário é dizer e pensar que só o ser é; pois o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves considerar. Desta via de investigação, eu te afasto; mas também daquela outra, na qual vagueiam os mortais que nada sabem, cabeças duplas. Pois é a ausência de meios que move, em seu peito, o seu espírito errante. Deixam-se levar, surdos e cegos, mentes obtusas, massa indecisa, para a qual o ser e o não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, e para a qual em tudo há uma via contraditória.”
(Parmênides)

Enquanto para Heráclito o Logus é a constante mudança das coisas nos seus contrários, para Parmênides o Logus é a identidade do ser imutável, que é idêntico a si mesmo, em oposição ao mudo mutável das aparências. Para ele, é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. Parmênides conclui que o ser é único, imutável, infinito e imóvel. Para Parmênides, o movimento existe apenas no mundo sensível, e esta percepção é ilusória. Dizia que, fundamentalmente, o não-ser não existe.

BIBLIOGRAFIA
Matheus Venâncio, 2009 – UNIFRAN – Universidade de Franca
Fórum Online – 1.Semestre Graduação Filosofia

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